Os Kakarikis são bons pais por natureza mas há que refrear o seu ímpeto sexual para que não procrie mas do que o desejado.
4 Não é um bom número
Esta ave de origem da nova-zelândia pode
procriar logo aos quatro meses de idade, porém, tal não é aconselhável. O
indicado é que a primeira ninhada não aconteça antes do primeiro ano de vida,
quando já se pode falar em maturidade. A fim de evitar precipitações há que
estar atento aos avanços dos machos e, caso seja necessário, separá-los das
fêmeas. Com uma esperança média de vida entre os seis e os oito anos, há tempo
suficiente para iniciar a procriação, sem precipitações e sem correr
riscos.
Quatro é igualmente o número, exagerado, de
ninhadas que um casal saudável de Kakarikis consegue ter por ano, uma vez que a
fêmea consegue voltar a procriar durante o período em que ainda tem crias no
ninho. Não apenas é esgotante para a mãe, como é uma ameaça à vida das jovens
aves, às quais, nessas circunstâncias, a mãe acaba por arrancar as penas. Quando
tal acontece, mãe e filhotes devem ser imediatamente separados e os jovens
alimentados à mão. O ideal, segundo os criadores, são duas ninhadas anuais para
não sobrecarregar a mãe e evitar que entre em stress, o que, em última
instância, poderá ter graves implicações cardíacas ou mesmo matar a ave. Pela
mesma razão, é de evitar ainda que procrie nos meses mais quentes de
verão.
Ninho em profundidade
Antes da postura, prepare o ninho. Este deve ser
fundo, uma vez que a fêmea, por vezes, gosta de esconder os ovos. Razão pela
qual o fundo do ninho deve ter alguns centímetros de matéria fofa a forrá-lo, do
tipo aparas de madeira, onde os ovos podem ser depositados em segurança. O ninho
dos Kakarikis é especial e assemelha-se ao das caturras. Deve ter cerca de 25x25
cm por cerca de 40 cm de altura. Uma caixa de conforto, onde a progenitora se
sinta segura.
Dia sim, dia não
Os ovos, entre os cinco e os sete, ou mesmo
mais, por postura, são depositados em dias alternados. Segue-se a fase da
incubação, que tem a duração de 19 a 21 dias, e que está exclusivamente a cargo
da fêmea, não obstante o apoio psicológico do macho que, não raras vezes, se
coloca a seu lado. O papel do progenitor acentua-se após a eclosão, altura em
que as crias são alimentadas tanto pelo pai como pela mãe, até que, por volta
dos dois meses de vida, se tornam independentes.
Casais impossíveis
Não deverá nunca cruzar Kakarikis de fronte
vermelha com Kakarikis de fronte amarela, as duas variantes da espécie. Não
apenas porque seria uma tarefa inglória, sem qualquer hipótese de sucesso, mas
também por ser uma experiência que pode colocar em risco a sobrevivência da
espécie, que já esteve perto da extinção na sua terra natal, a Nova Zelândia.



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