sábado, 4 de maio de 2013

Doença de Mandarim

A) PROPAGAÇÃO:
Os insectos sempre tem estado presentes na cria das aves de jaula comportando-se de diferentes formas, como causa de doenças, como factor desta doença ou simplesmente como praga. Uma abundância de um insecto que não é vetor e que também causa doenças, mas que provoca nas nossas pássaros ou aviário grandes incómodos  ou gastos económicos como o caso das formigas, que se consideram uma praga.
As pragas  combatem-se facilmente na maioria dos casos e o mesmo podemos dizer daqueles insectos que se comportam como vetores. A luta contra pragas e insectos vetores deve-se basear no principio  numa prevenção evitando que estes entrem em contacto com nossas aves. Assim evitaremos o uso de produtos químicos que não  são aconselháveis. A prevenção baseia se nas barreiras contra insectos, mantimento e limpeza. Barreiras como redes mosqueteiros, etc. Por ultimo a limpeza extrema. Só nesses casos de que estas medidas preventivas falhem é que deve proceder a aplicar no aviário um produto químico.
Muito diferente é a luta contra insectos que provocam doenças já que primeiro temos que diagnosticar  e logo tratar-la com êxito. Além do que na maioria das ocasiões estes entram através de um pássaro que já  sofre pelas medidas preventivas e os tratamentos químicos do local o aviário são inúteis.

B) AGENTE CAUSAL

Existem vários insectos ou agentes causais de patologia em nossas aves.
  • Ácaros Respiratórios
  • Ácaros Cutâneos
  • Ácaros Chupadores de Sangue
  • Os ácaros respiratórios tem deixado loucos a maioria dos avicultores durante muito tempo. O insecto que mais frequentemente provoca a doença é o Sternostoma tracheocollum (Lawrence, 1948), mas existem dois ou três espécies mais do mesmo género. Provocam na  ave uma bronquite nos sacos aéreos e é de cor cinza  esbranquiçado.
  • Os ácaros cutâneos provocam SARNAS.
  • Os chupadores de sangue por excelência são os populares “piolinhos”. Estes tem um ciclo vital que depende da temperatura ambiente e da disposição de comida, entre 4 e 10 dias. Pertencem ao gênero Dermanyssus ssp (Geer 1778).
C) TRANSMISSÃO:
  • Os ácaros respiratórios transmitem-se através  dos excrementos e das expectorações que são deixadas pela ave, popularmente a esta doença se  denomina ASMA.
  • Os ácaros cutâneos se transmitem por contacto entre duas aves, uma saudável e a outra infestada.
  • Os “piolinhos” entram nos nossos aviários numa ave, em gaiolas ou material de gaiolas e em raras ocasiões através de pardais que aninham nas proximidades.

D) SÍNTOMAS
  • Os ácaros respiratórios são praticamente assintomático, só podemos descobrir em ocasiões de certa apatia, espirros ou tosses, corrimento nasal, etc. Em resumo, sintomas são inespecíficos.
  • Ácaros da Pele, ver formas de doença.
  • Por ultimo o “piolinho” conseguimos ver antes de que se descubram os sintomas como a anemia e fraqueza nos adultos. E nos filhotes de poucos dias  observa -se que a cor destes e de suas mucosas (boca) é amarelo pálido, que falta certo tom rosado. Também é comum ver os pontos pretos que se movem sobre sua pele e no ninho.
E) EXISTEM varias FORMAS DE  DOENÇAS por ácaros da pele

1.   Sarna da Pele, é muito frequente. A sua característica é porque a ave começa a perder as penas pela cabeça, colarinho e a base do bico. Justo as zonas aonde não chega a conseguir bicar-se. A pele apresenta alem uma caspa esbranquiçada, mas não existe perda de penas. Sente coceira intensa e se esfrega contra os objectos que o rodeiam. Esta é causada por um insecto arador, quer dizer que escava túneis debaixo da pele.
2.  Sarna Depena, causada pelo Cnemidocoptes laevis (Railliet, 1886). Também é relativamente frequente e altamente contagiosa. Caracteriza-se porque exista a perda de penas na zona afectada e que é a zona dorsal do animal (desde a nuca até o rabo). Se pegarmos numa pena veremos uma massa branca no folículo, por meio de um microscópio de 80 aumentos  pode-se ver o parasita. Diferencia-se também da anterior no que a pele está normal, sem escamas e caspa, mas sem penas. Também tem coceira. Não podemos confundir isto com a depena que a vezes acontece no caso anterior.
 3.   Sarna das Penas, trata-se de um ácaro como os anteriores que vive no cálamo da pena. No cálamo existe um conteúdo caseosa-purulenta em que por observação a 100 aumentos  também se pode ver o parasita na esfregação.
4.   Sarna das Patas, as patas apresentam um aspecto anómalo, envelhecidas, com crostas de aspecto esbranquiçado , enfarinhado e volumoso. Pode chegar inclusive a provocar atrofia muscular e paralisia dos dedos. Esta causada pelo Cnemidocoptes mutans (Robin, 1859).

  F) EVOLUÇÃO
  • A evolução dos ácaros respiratórios costuma acontecer e  se não se evita um contagio generalizado do aviário podemos contar com infertilidade dos reprodutores em muitas ocasiões.
  • Sarna da Pele,  trata-se  e se for correctamente  e eficaz o tratamento   tudo volta a normalidade.
  • O piolho  se abandonarmos  e  se  não for tratado correctamente  pode causar a morte quer  em adultos como em juvenis.  
G) DIAGNÓSTICO
  • Os ácaros respiratórios por esfregaço   pulmonar de exsudatos pulmonares ou pela tosse e espirros.
  •  Sarna da Pele, por seus sintomas, coceira, caspa, não depena, localização ao redor da cabeça e do pescoço.
  • Sarna Depena, também p seus sintomas; depena, massa branca no folículo das penas que por observação no microscópio se vê o agente causador, não existe escamas ou caspa.
  • Sarna das Penas, porque afecta o clamo das penas grandes.
  • Sarna das Patas,  diagnostica-se por uma brotoeja na pele.
  • O “piolinho” diagnostica-se por anemias e presença de parasitas.
H) DOENÇAS SIMILARES
Os ácaros pulmonares confundem-se frequentemente com a Singamose e muito mais frequentemente com a popularmente conhecida bronquite cronicas que são catarro vulgares mal curados.
  A Sarna da  depena pode-se confundir com a Falsa Muda que não tem origem parasitário.

I) TRATAMENTO
Os ácaros pulmonares tem se combatido de muitas formas mais ou menos imaginativas e que beiravam a imprudência e o desrespeito pela vida dos nossos pássaros. Hoje em dia existe um tratamento de escolha com uma substância que se chama ivermectina (solução 0,12%). Tem quem utilizar a ivermectina como vacina, isto não é o  correto, um tratamento com ivermectina protege o animal tratado durante 15 a 20 dias máximo. Depois qualquer re-infestação pode deixar as coisas como antes.
  • Sarna da Pele, Ivermectina e medicamentos típicos.
  • Sarna Depena, insecticidas .
  • Sarna das penas, como a primeira.
  • Sarna das Patas, pomada comerciais de uso típico.
O “piolinho” deve-se combater de duas formas, tratando por um lado o animal, preferentemente com piretinas  (As piretrinas são compostos naturais que têm propriedades inseticidas)e também se devem lavar e desinfectar todos os acessórios e gaiolas com um insecticida como o Carbarilo Metilcarbamato de 1-naftilo. Estes produtos encontram-se frequentemente no mercado especializado de aves. No podemos esquecer que a desinfecção para o “piolinho” deve repetir-se ao fim de uns dias já que o insecticida pode não afectar aos ovos. 

J) PREVENÇÃO:
  1. Respeitar as quarentenas em todas as aves que entrem no aviário e se for possível num local diferente.
  2. Desinfectar as aves ao inicio da quarentena e tratar-las com ivermectina.
  3. Antes de iniciar a temporada de cria tratar os pássaros com piretrinas, tratamento que se pode duplicar no Outono. Ao mesmo tempo aplicar nas gaiolas um insecticida. Depois de nascer os filhotes é recomendável trocar os ninhos e impregnar estes e se necessário os filhotes com uma piretirna.
  4. Limpeza e desinfecção de gaiolas.
Artigo desenvolvido através de pesquisas na internet por blogs, fóruns e alguma experiência pessoal na criação de aves.

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