sábado, 11 de maio de 2013

Anilhas

Todas as aves nascidas em cativeiro devem ser anilhadas com anilhas oficiais ou outras, o que serve como prova de que foram nascidas em cativeiro.

Estas anilhas podem ser adquiridas por intermédio de um clube ao qual todos os que desejem criar aves se deverão juntar. Os pedidos de anilhas são anuais e geralmente o primeiro é em Outubro. Além disso quase todos os clubes têm revistas de divulgação de opinião onde surgem artigos bastantes intressantes e são um exclente meio de trocar informações. É também através dos clubes que poderemos ter conhecimento e acesso a exposições onde se conhecem outros criadores e, em particular o iniciado, pode ter a oportunidade de adquirir boas aves para o seu efectivo.

As anilhas oficiais são personalizadas com o ano, número do criador, número da anilha e clube. As minhas por exemplo são marcadas com o ano a que se destinam (o qual tem uma determinada cor de anilha), o meu clube (AAP), o número da ave (em série) e o meu número de criador (707). Assim a leitura será AAP707, ave nº 000 do ano indicado.

Actualmente está-se a tratar de fazer com que um criador tenha um único número de anilha mesmo que esteja inscrito em mais do que um clube, o que facilita a sua identificação.

As medidas das anilhas variam de acordo com a espécie a que se destinam indo de 2,00mm a 14,00mm. Para além de servirem como prova de que ave foi criada em cativeiro por aquele criador também são muito úteis para identificarmos a ave no nosso efectivo, permitindo manter registos mais precisos. Geralmente só aves anilhadas são admitidas a exposições. Cada espécie tem uma medida de anilha e deve ser anilhada com esta mesma medida, o que apenas é possível antes da calcificação dos ossos da pata (5-9 dias após a eclosão), deste modo quando a pata se desenvolve a anilha fica presa e não pode ser retirada.

No quadro seguinte estão indicadas as medidas para as diversas espécies. (Adaptado do boletim da AAP para o pedido de 2001)


Medidas

Espécies a que se destinam

2,00mm
Exóticos de pequeno porte: Face-laranja, Face carmesim, Peito celeste, Amarantes, Bichenov, Cauda vinagre.

Indígenas: Bico de lacre.

2,50mm
Diamantes: Mandarim, Gould, Kitlitz, Phaeton, Babete, Modesto, Melba, Papagaio, Estrela.

Exóticos: Bico de chumbo, Bengalim do Japão, Dominó.

Indígenas: Pintarroxo, Lugre, Chamariz.

2,67mm Exóticos: Cardinlaito da Venezuela, Degolado, Capuchinho de cabeça branca, Capuchinho Tricolor.
Canários: Horso Japonês, Raça Espanhola.

Indígenas: Pardal do campo, Pintassilgo, Canário silvestre.

2,80mm Exóticos: Verdelhões, tangarás.
Canários: Todos os de canto e de cor, Fiorino, Scotch Fancy, Lizard, Gibber Italicus, Gloster, Frisados do Norte e do Sul, Poupa Alemão, Giboso Espanhol, Bossu Belga.

Indígenas: Dom-fafe, Tentilhão.

3,02mm Exóticos: Tecelões, Rouxinol do Japão, Mesia, Bulbul.
Canários: Border, Norwich, Yorkshire, Bernês, Crested, Crestbread, Lancashire.

Indígenas: Pardal doméstico, Verdelhão

3,23mm Exóticos: Tangará vermelho do Brasil, Pardal de Java.
Canários: Frisado parisiense, Milanais, Padovano.

Indígenas: Bico grossudo.

3,48mm Exóticos: Cardeais, Bico grossudo de cabeça preta
Indígenas: Cruza-bicos

Psitacídeos: Agapornis cana, Bourkes, Turquosines, Elegante, Splendid, Loricolos.

Pombos e Galináceos: Codorniz da China, Rola Diamante, Rola Máscara de Ferro.

4,01mm Exóticos: Melro violeta
Indígenas: Tordos

Psitacídeos: Aymara, Liliane, Fischer, Nigrigenis, Personata, Pularia, Periquito ondulado (de exposição).

Pombos e Galináceos: Rola tranquila.

4,52mm Exóticos: Melro metálico
Indígenas: Melro preto

Psitacídeos: Roseicollis, Taranta, Kakarikis, Stanley, Roselas, Catarinas.

Pombos e Galináceos: Codorniz indígena, Rola da China.

5,26mm Psitacídeos: Caturra, Cabeça de ameixa, Omnicolor, Palliceps, Princesa de Gales, Stanley.
Pombos e Galináceos: Codorniz Japonesa, Perdiz da califórnia, Rolas.

6,17mm Exóticos: Gaio Azul, Pegas.
Indígenas: Gaio dos Carvalhos.

Psitacídeos: Loriquitos, Conura Sol, Conura Jadaia, Pennante, Ring-neck, Barrande.

7,21mm Psitacídeos: Arara Severa, Loris.
7,70mm Psitacídeos: Moustache, Catatuas.
10,00mm Psitacídeos: Amazonas, Araras, Catatua pequena de poupa amarela, Papagaio cinzento.
12,00mm Psitacídeos: Arara macao, Arara Militar, Catatua de poupa amarela
14,00mm Psitacídeos: Arara Azul, Arara Vermelha, Arara hiacinto, Grande arara militar.

Exite também a possibilidade de adquirir anilhas não oficiais mas estas servirão apenas como identificação da ave pois não têm qualquer referência além do número e do ano. As anilhas abertas podem ser colocadas em aves adultas e são muito úteis para marcar as aves por algum motivo, por exemplo para marcarmos um macho e uma fêmea com cores diferentes.

Tipos de ninhos

Tipos de ninhos

Existem possivelmente tantos tipos de ninhos quanto espécies. Em cativeiro usamos essencialmente 3 tipos de ninhos, podendo estes variar em tamanho mas mantendo uma forma básica idêntica. Assim temos ninhos em taça, de verga ou corda, que são os mais usados para os fringilídeos. Adiante-se que de todas as aves nativas, só as carriças e o chapim rabilongo constróem ninhos fechados, a grande maioria usa ninhos deste tipo. São taças que podem variar em diâmetro e profundidade. Os canários gostam de ninhos largos e espaçosos enquanto os pintassilgos preferem taças mais apertadas e fundas. Embora quase todas estas aves possam construir um ninho livre aceitam facilmente estas estruturas como apoio. Devemos ter cuidado com estes ninhos pois embora a maioria das espécies os use sujam-se facilmente e, em determindas situaçãoes as crias e ovos podem mesmo cair. Também são desaconselhados para situações de viveiro pois as outras aves podem facilmente ver os ovos e perturbar o casal em criação.

Os ninhos de cesto, em diversas formas e tamanhos, são usados por espécies pequenas de estrildídeos. São reservados e escondem-se bem entre a vegetação o que os torna ideais para espécies tímidas como o peito de fogo ou o peito celeste. O acesso ao ninho é difícil e pode mesmo tornar-se frustante para o criador tentar ver as crias ou ovos dificultando em muito as tarefas de anilhagem e limpeza. Uma colher pode ajudar se necessário, mas temos sempre de ter muito cuidado a mexer nos ninhos destas espécies. Embora não encoraje muito o seu uso, colocando-os em sítios descobertos, tenho vários no viveiro dos estrildídeos só para fazer número e proporcionar às aves uma grande escolha. Os guardas-marinhos usam sempre estes ninhos.

Os ninhos de madeira podem ser de dois tipos, ou troncos escavados ou então, os mais comuns, caixas de madeira. A grande maioria das aves exóticas que criamos nidificam em cavidades nas árvores sendo os melhores exemplos disso os diamantes australianos e os periquitos-ondulados. Facilmente aceitam estas caixas numa gaiola com a vantagem de que, podendo ser colocadas por fora desta, a sua inspecção e manutenção é extremamente fácil. Eu gosto de ter as caixas por fora, embora diversos criadores apontem com alguma lógica que estando colocada dentro da gaiola a caixa ninho proporciona mais segurança e confiança às aves. Contudo para ver o interior é necessário perturbar as aves. Existe um modelo de gaiola do qual apenas vi fotografias em que o ninho é montado numa placa que pode deslizar para fora da gaiola. Parece ser muito eficiente e uma parte integrante de diversos modelos de gaiolas usados sobretudo no norte da Europa, formando baterias exrtemamente profissionais. Claro que com o tempo poderemos possivelmente atingir tais necessidades e investir nestes equipamentos, mas a avicultura é essencialmente, e para a maioria de nós, uma actividade amadora e não pretendo mais do que transmitir alguns conhecimentos básicos, pelo que é perfeitamente suficiente o esquema descrito acima. Existem caixas de plástico muito práticas que podem ser totalmente desmontadas e lavadas (um problema da madeira) e que uso nas gaiolas dos Diamantes-Gould e outros. São mais caras, mas devido ao tamanho e algumas características prefiro-as para as gaiolas em que tenho estas espécies.

Os troncos escavados são um exclente alternativa para espécies mais difíceis de convencer e podem mesmo fazer a diferença, em especial num viveiro. Têm o grande problema de serem geramente pesados e difíceis de manusear, não terem muitas vezes acesso para o interior e a limpeza ser muito complicada. Mesmo assim para quem tenha tempo e gosto por estas coisas podemos mesmo fazê-los a partir de madeira morta, bem lavada e seca no forno durante 30min. Basta cortar um rodela numa das pontas que servirá de tampa e escavar o interior com um berbequim e os acessórios necessários. Troncos de várias dimensões colocados num viveiro do modo o mais natural possível são um exclente ninho para espécies complicadas.

Encontraremos decerto outros tipos no mercado que podemos tentar por vezes até com bons resultados. Acreditem que as dimensões podem fazer mais diferença do que se pensa e as caixas que encontramos no mercado raramente são adequadas para uma ninhada de bom tamanho. Para as gaiolas dos mandarins e bengalins preferi desenhar e construir os ninhos de modo a que ocupassem a medida que eu queria. São opções que podemos fazer e que além do mais, tornam muito mais baratos estes acessórios.

Ciclo Reprodutivo




Ciclo Reprodutivo

No caso das aves não podemos falar em verdadeiros ciclos reprodutivos. Começando pelas aves silvestres a época reprodutiva é controlada por factores ambientais dos quais a luminosidade, duração do dia e temperatura parecem ser os mais importantes. Contudo também a disponibilidade de alimento, material e local para o ninho têm influência neste processo.

Dum modo geral em cativeiro a disponibilidade de ninho e alimento pouco influencia as aves, excepto aquelas que necessitam de alimento especial durante a criação como alguns granívoros e a maioria dos insectívoros, pelo que os factores que mais nos intressam são a intensidade e duração da luz e, em parte, a temperatura.

Num viveiro exterior tudo ocorre da maneira mais natural possível, os dias variam em duração e as condições ambientais também pelo que geralmente o ciclo é regular e são as próprias aves que decidem quando iniciar a reprodução. Não sucede o mesmo para aquelas espécies que criamos, por diversos motivos, em gaiolas quase sempre interiores. Neste caso temos de ter especial atenção de modo a que durante o ano existam as variações ambientais que sucedem no exterior. Manter as aves nas mesmas condições durante todo o ano é um GRANDE ERRO, e corremos o risco de "baralhar" irremediavelmente o seu ciclo de vida. A teoria diz que é possível manter uma ave em reprodução todo o ano, algumas fazem isso mesmo como os mandarins e bengalins, mas não devemos forçar as outras espécies sazonais a fazê-lo pois estamos a pôr em risco o seu bem estar e longevidade. Não é que não seja possível obter bons resultados usando condições controladas, o factor disto mesmo é que a maioria dos grandes criadoures usam salas com ambientes totalmente controlados.

Podemos assim resumir o ciclo anual de um espécie sazonal em 4 fases, partindo da época de repouso:

1ª Fase - Repouso

Nesta altura as aves já fizeram a muda e tratam de se preparar para o Inverno. Ocorre naturalmente de Outubro a fins de Janeiro, quando ainda há inicialmente facilidade em encontrar alimento nas plantas que florescem nesta época como as urtigas (um petisco para a maioria das aves). As aves jovens estão geralmente em bandos, por vezes mistos a que os adultos se vão juntando progressivamente. Quando chega o fim de Janeiro começam a formar-se grupos mais pequenos, em parte pelas dificuldaddes crescentes em obter alimento.

2ª Fase - Acasalamento

Em Fevereiro ou Março formam-se os primeiros casais dentro dos bandos, algumas aves fazem uma nova muda pré-nupcial sendo nesta altura que surgem as plumagens mais vistosas. O casal formado, resultado da crescente abundância de alimento e duração do dia vai começando a afastar-se do grupo na procura de locais para nidificação. Quando mantemos as aves em viveiros em pequenos grupos podemos ir observando o comportamento destas pois vamos detectar os casais à medida que estes se formam. Devemos sempre que possível manter os casais que as aves formaram por si (a não ser em casos de selecção), os resultados são quase sempre melhores. Conforme notamos que o macho canta perto de uma fêmea ou lhe dá comida (as anilhas de cor ajudam muito...) retiraremos esse casal para a gaiola de criação quando chegar o princípio de Março, ou até mesmo um pouco antes.

3ª Fase - Reprodução

Dependendo da espécies esta inicia-se mais cedo ou mais tarde, mas geralmente em fins de Março princípios de Abril existem já alguns casais mais adiantados a construir ninhos ou mesmo com ovos. O número de posturas varia mas este perido pode durar até fins de Agosto em alguns casos. Já vi pintassilgos com crias no princípio de Setembro. Três posturas é o normal, para algumas espécies apenas duas das quais a segunda é geralmente a melhor.

É uma altura em que o alimento (tanto vegetal como animal) abunda pelo que não é difícil suportar as crias e o degaste da reprodução. Com o chegar dos meses de verão vai secando a vegetação e com ela as sementes até aqui abundantes e os insectos. É escusado tentarmos prolongar este periodo artificialmente, quem o quiser fazer é preferível tentar adiantar em 15 dias ou um pouco mais o início da reprodução do que prolongá-lo, pois assim dará mais tempo às aves de recuperarem até à próxima época.

4ª Fase - Muda de Outono

Ocorre por volta de Setembro e é quanto a mim a fase mais desgastante e importante do ciclo e uma que muitas vezes descuidamos. Senão vejamos, nesta altura a ave passou por mais de 5 meses de desgaste reprodutivo, extremamente exigente, em condições de pouco (ou nenhum...) exercício físico, com uma alimentação demasiado rica e as suas reservas estão debilitadas. Mesmo assim tem de substituir todas as penas, formando novos tecidos. É muito importante que possa ter exercício, de preferência acabando a reprodução e passando as aves para um viveiro exterior ainda em Agosto de modo a recuperar alguma forma física antes da muda. Podem ter a certeza que uma ave que tenha uma má muda muito dificilmente terá bons resultados produtivos na época seguinte. Em relação às crias esta é a primeira vez que irão sofrer um grande desgaste por isso devemos ter em atenção os mesmo cuidados que para os reprodutores, dando um alimentação e suplementações adequadas e SEMPRE muito espaço para exercício.

As aves adultas passam geralmente esta fase (melhor ou pior) mas algumas crias podem mesmo morrer. Em liberdade dispõe de algum alimento com a vinda das primeiras chuvas outonais portanto em cativeiro devemos fazer o mesmo e melhorar a sua dieta nesta altura dando mais sementes oleaginosas (o que numa gaiola é desaconselhável) e até mesmo aumentar um pouco de papa de ovo, o que também faz com que não se desabituem dela. Verduras como o espinafre e agrião são óptimas nesta fase e todas as sementes que favoreçam a plumagem (linhaça, niger, papoila) também. Esta altura envolve sobretudo a criação de novos tecidos (penas) daí que a proteína seja muito importante na dieta, não deverá ser tão rica como na reprodução, mas as aves necessitam de uma fonte de proteína suplementar, pessoalmente acho esta a melhor altura para juntar às papas de ovo óleos (girassol ou soja) para cobrir as necessidades em ácidos gordos essenciais. A soja germinada também é um bom alimento para esta fase.

Uma ave em muda deve ser incomodada o mínimo possível pois é geralmente "rabugenta", (uma consequência da vida em grupo nesta altura?!) devemos ter poucas aves por gaiola ou, se possível, juntar alguns casais num viveiro para que formem um pequeno "bando de Inverno".

Um ave que passe por uma boa muda rapidamente se mostrará activa e confiante e logo notaremos isso.

sábado, 4 de maio de 2013

Doença de Mandarim

A) PROPAGAÇÃO:
Os insectos sempre tem estado presentes na cria das aves de jaula comportando-se de diferentes formas, como causa de doenças, como factor desta doença ou simplesmente como praga. Uma abundância de um insecto que não é vetor e que também causa doenças, mas que provoca nas nossas pássaros ou aviário grandes incómodos  ou gastos económicos como o caso das formigas, que se consideram uma praga.
As pragas  combatem-se facilmente na maioria dos casos e o mesmo podemos dizer daqueles insectos que se comportam como vetores. A luta contra pragas e insectos vetores deve-se basear no principio  numa prevenção evitando que estes entrem em contacto com nossas aves. Assim evitaremos o uso de produtos químicos que não  são aconselháveis. A prevenção baseia se nas barreiras contra insectos, mantimento e limpeza. Barreiras como redes mosqueteiros, etc. Por ultimo a limpeza extrema. Só nesses casos de que estas medidas preventivas falhem é que deve proceder a aplicar no aviário um produto químico.
Muito diferente é a luta contra insectos que provocam doenças já que primeiro temos que diagnosticar  e logo tratar-la com êxito. Além do que na maioria das ocasiões estes entram através de um pássaro que já  sofre pelas medidas preventivas e os tratamentos químicos do local o aviário são inúteis.

B) AGENTE CAUSAL

Existem vários insectos ou agentes causais de patologia em nossas aves.
  • Ácaros Respiratórios
  • Ácaros Cutâneos
  • Ácaros Chupadores de Sangue
  • Os ácaros respiratórios tem deixado loucos a maioria dos avicultores durante muito tempo. O insecto que mais frequentemente provoca a doença é o Sternostoma tracheocollum (Lawrence, 1948), mas existem dois ou três espécies mais do mesmo género. Provocam na  ave uma bronquite nos sacos aéreos e é de cor cinza  esbranquiçado.
  • Os ácaros cutâneos provocam SARNAS.
  • Os chupadores de sangue por excelência são os populares “piolinhos”. Estes tem um ciclo vital que depende da temperatura ambiente e da disposição de comida, entre 4 e 10 dias. Pertencem ao gênero Dermanyssus ssp (Geer 1778).
C) TRANSMISSÃO:
  • Os ácaros respiratórios transmitem-se através  dos excrementos e das expectorações que são deixadas pela ave, popularmente a esta doença se  denomina ASMA.
  • Os ácaros cutâneos se transmitem por contacto entre duas aves, uma saudável e a outra infestada.
  • Os “piolinhos” entram nos nossos aviários numa ave, em gaiolas ou material de gaiolas e em raras ocasiões através de pardais que aninham nas proximidades.

D) SÍNTOMAS
  • Os ácaros respiratórios são praticamente assintomático, só podemos descobrir em ocasiões de certa apatia, espirros ou tosses, corrimento nasal, etc. Em resumo, sintomas são inespecíficos.
  • Ácaros da Pele, ver formas de doença.
  • Por ultimo o “piolinho” conseguimos ver antes de que se descubram os sintomas como a anemia e fraqueza nos adultos. E nos filhotes de poucos dias  observa -se que a cor destes e de suas mucosas (boca) é amarelo pálido, que falta certo tom rosado. Também é comum ver os pontos pretos que se movem sobre sua pele e no ninho.
E) EXISTEM varias FORMAS DE  DOENÇAS por ácaros da pele

1.   Sarna da Pele, é muito frequente. A sua característica é porque a ave começa a perder as penas pela cabeça, colarinho e a base do bico. Justo as zonas aonde não chega a conseguir bicar-se. A pele apresenta alem uma caspa esbranquiçada, mas não existe perda de penas. Sente coceira intensa e se esfrega contra os objectos que o rodeiam. Esta é causada por um insecto arador, quer dizer que escava túneis debaixo da pele.
2.  Sarna Depena, causada pelo Cnemidocoptes laevis (Railliet, 1886). Também é relativamente frequente e altamente contagiosa. Caracteriza-se porque exista a perda de penas na zona afectada e que é a zona dorsal do animal (desde a nuca até o rabo). Se pegarmos numa pena veremos uma massa branca no folículo, por meio de um microscópio de 80 aumentos  pode-se ver o parasita. Diferencia-se também da anterior no que a pele está normal, sem escamas e caspa, mas sem penas. Também tem coceira. Não podemos confundir isto com a depena que a vezes acontece no caso anterior.
 3.   Sarna das Penas, trata-se de um ácaro como os anteriores que vive no cálamo da pena. No cálamo existe um conteúdo caseosa-purulenta em que por observação a 100 aumentos  também se pode ver o parasita na esfregação.
4.   Sarna das Patas, as patas apresentam um aspecto anómalo, envelhecidas, com crostas de aspecto esbranquiçado , enfarinhado e volumoso. Pode chegar inclusive a provocar atrofia muscular e paralisia dos dedos. Esta causada pelo Cnemidocoptes mutans (Robin, 1859).

  F) EVOLUÇÃO
  • A evolução dos ácaros respiratórios costuma acontecer e  se não se evita um contagio generalizado do aviário podemos contar com infertilidade dos reprodutores em muitas ocasiões.
  • Sarna da Pele,  trata-se  e se for correctamente  e eficaz o tratamento   tudo volta a normalidade.
  • O piolho  se abandonarmos  e  se  não for tratado correctamente  pode causar a morte quer  em adultos como em juvenis.  
G) DIAGNÓSTICO
  • Os ácaros respiratórios por esfregaço   pulmonar de exsudatos pulmonares ou pela tosse e espirros.
  •  Sarna da Pele, por seus sintomas, coceira, caspa, não depena, localização ao redor da cabeça e do pescoço.
  • Sarna Depena, também p seus sintomas; depena, massa branca no folículo das penas que por observação no microscópio se vê o agente causador, não existe escamas ou caspa.
  • Sarna das Penas, porque afecta o clamo das penas grandes.
  • Sarna das Patas,  diagnostica-se por uma brotoeja na pele.
  • O “piolinho” diagnostica-se por anemias e presença de parasitas.
H) DOENÇAS SIMILARES
Os ácaros pulmonares confundem-se frequentemente com a Singamose e muito mais frequentemente com a popularmente conhecida bronquite cronicas que são catarro vulgares mal curados.
  A Sarna da  depena pode-se confundir com a Falsa Muda que não tem origem parasitário.

I) TRATAMENTO
Os ácaros pulmonares tem se combatido de muitas formas mais ou menos imaginativas e que beiravam a imprudência e o desrespeito pela vida dos nossos pássaros. Hoje em dia existe um tratamento de escolha com uma substância que se chama ivermectina (solução 0,12%). Tem quem utilizar a ivermectina como vacina, isto não é o  correto, um tratamento com ivermectina protege o animal tratado durante 15 a 20 dias máximo. Depois qualquer re-infestação pode deixar as coisas como antes.
  • Sarna da Pele, Ivermectina e medicamentos típicos.
  • Sarna Depena, insecticidas .
  • Sarna das penas, como a primeira.
  • Sarna das Patas, pomada comerciais de uso típico.
O “piolinho” deve-se combater de duas formas, tratando por um lado o animal, preferentemente com piretinas  (As piretrinas são compostos naturais que têm propriedades inseticidas)e também se devem lavar e desinfectar todos os acessórios e gaiolas com um insecticida como o Carbarilo Metilcarbamato de 1-naftilo. Estes produtos encontram-se frequentemente no mercado especializado de aves. No podemos esquecer que a desinfecção para o “piolinho” deve repetir-se ao fim de uns dias já que o insecticida pode não afectar aos ovos. 

J) PREVENÇÃO:
  1. Respeitar as quarentenas em todas as aves que entrem no aviário e se for possível num local diferente.
  2. Desinfectar as aves ao inicio da quarentena e tratar-las com ivermectina.
  3. Antes de iniciar a temporada de cria tratar os pássaros com piretrinas, tratamento que se pode duplicar no Outono. Ao mesmo tempo aplicar nas gaiolas um insecticida. Depois de nascer os filhotes é recomendável trocar os ninhos e impregnar estes e se necessário os filhotes com uma piretirna.
  4. Limpeza e desinfecção de gaiolas.
Artigo desenvolvido através de pesquisas na internet por blogs, fóruns e alguma experiência pessoal na criação de aves.

Causas das doenças

Causas das doenças
Este será um aspeto controverso. Temos de saber distinguir entre doenças fisiológicas e patológicas. No caso das primeiras a causa responsável será uma questão ambiental como uma alimentação incorreta, mau alojamento, falta de limpeza enquanto as outras serão causadas por agentes patogénicos que, quer gostemos quer não, existem e fazem parte dos ciclos naturais.
Como parece lógico não podem ser combatidas do mesmo modo, pelo que depende do criador saber o que se passa e qual o remédio. Geralmente as doenças nas aves têm uma evolução de tal modo rápida que se torna complicado agir atempadamente. Muitas vezes não conseguimos sequer que a ave beba a medicação. Isso, juntamente com a falta de veterinários especializados em aves faz com que muitas das vezes se percam aves que poderiam ser salvas. Dito isto todos os que desejarem iniciar-se nesta atividade deverão ter em mente que a prevenção é o melhor meio de evitar as doenças. Com a experiência e troca de conhecimentos irão aprendendo como reconhecer algumas doenças comuns e como atuar, que remédios usar, etc... Mas sem dúvida que irão sempre sofrer algumas perdas.
Para o iniciado este será um grande problemas e é sem dúvida onde mais pessoas perdem o entusiasmo inicial e desistem. Temos de nos capacitar de que um criador com alguns anos de experiência já perdeu concerteza bastantes aves até conseguir chegar aquele ponto. Ninguém tem 100 ou 200 aves sem secalhar ter perdido outras 50 aolongo dos anos! A grande diferença está na "calibragem" do criador, no facto de este ser capaz se reconhecer muito cedo qualquer fator anormal nas suas aves e já ter os conhecimentos e meios para atuar rapidamente. Um principiante não compra um casal de canários ou outra qualquer ave, a gaiola, a comida e mais 5 ou 6 medicamentos, suplementos, gaiolas hospital, seringas e por ai fora... Essas coisas vão entrando no dia a dia conforme se vai avançando e vai havendo necessidade de as usar, até porque não são nada baratas. Um antibiótico ou um bom suplemento vitamínico facilmente custa umas largas dezenas de euros.
Com o tempo apercebemo-nos das pequenas coisas que denunciam uma ave em pior forma, cabeça encolhida, pouco ativa, fezes diferentes, trocamos impressões com outros criadores e amigos, experimentamos este ou aquele tratamento, alguns funcionam e vamos andando assim até uma altura em que as coisas ficam mais ou menos controladas. Eu ando nisto apenas à vários anos e não tenho dúvidas em afirmar que sei muito mais do que sabia na altura, perdi algumas aves pelo caminho, mas agora já terei mais meios e conhecimentos que facilitam as coisas quando acontece algo fora do normal. Sobretudo é essencial chegarmos ao ponto em que podemos estabilizar o nosso efetivo, evitando entradas constantes de aves nas instalações.
Para mais, identificar as aves doentes é só o princípio do problema, depois de sabermos que a ave está doente falta saber com o quê e depois qual a medicação adequada. Nesta altura lembro-me de recorrer a algumas lojas e descrever os sintomas a pessoas que afinal sabiam tanto como eu e depois usar medicamentos para problemas respiratórios quando devia tratar enterites ou vice-versa. Todas as descrições que lemos nos livros identificam o nosso caso, pensamos que a pobre ave está atacada de tudo ao mesmo tempo, mas é assim mesmo, este é um dos pontos em que temos de aprender às nossas custas, mas depois de lá passarmos aprendemos o que fazer.
O único conselho que se pode dar a quem estiver mesmo intressado em começar nesta atividade é que tente conhecer outros criadores ou inscrever-se num clube o mais cedo possível pois assim poderá usar alguma da experiência dessas pessoas que prontamente o ajudarão. Isto e tentarmos adquirir aves da melhor qualidade possível pode poupar alguns contratempos.
É essencial que qualquer criador compreenda o funcionamento das doenças num efetivo. Não devem ser tratadas mas sim prevenidas de modo consciente. Quando se fala em prevenção não deve ser interpretada como dar medicação para todos os problemas que poderiam surgir se eles não existem!! Uma prevenção consciente é baseada em análises regulares, nas alturas mais importantes e atempadamente que nos permitam intervir antes de surgirem problemas. Mesmo assim é muito provável que surjam sempre, pontualmente, situações de doença. Nesses casos importa agir rapidamente focando sempre o efetivo e não a ave individual. A boa saúde das restantes 99 aves é sempre prioridade face à ave doente.
 
Adaptação e Quarentena
A quarentena é um período durante o qual podemos observar as novas aquisições e procurar qualquer anormalidade ou sinal de doença. Muitas vezes caímos na tentação de dizer que está tudo bem e soltar a ave logo nos viveiros com a impaciência de a ver voar para dias depois ter de a retirar devido a uma qualquer doença. Adquirindo aves diretamente a criadores este fator é menos importante, mas nunca o deveríamos esquecer pois não só é neste período que a ave se ambienta como também as outras aves se habituam a ela. Quando finalmente nos asseguramos que tudo está bem podemos introduzir a nova ave e observar o seu comportamento e os dos outros. Muitas vezes há dificuldades em encontrar a comida e a água portanto devemos espalhar algumas sementes no chão e colocar um prato com água porque é no solo que instintivamente as aves procuram a sua comida.
Por outro lado existe algo que contraria isto, em particular com as importações. Uma ave importada entra facilmente em stress quando é deixada numa gaiola, enquanto que, muitas vezes se estiver com outras aves num viveiro acalma-se muito mais depressa. Já me aconteceu adquirir aves que adoeçeram alguns dias depois e que estavam tristes sem responderem a tratamentos e que colocadas num viveiro com outras aves (eu sei que não se faz...) rapidamente voltaram a estar em boas condições e puderam então ser tratadas com mais calma. É um grande risco, sem dúvida, mas nem tudo o que é suposto funcionar funciona na prática e devemos pensar que as aves não leem os mesmo manuais que os seus criadores...
É parte de qualquer bom sistema de maneio realizar uma quarentena adequada. Este procedimento será muito mais simples se estruturarmos as nossas épocas de criação. Isto evita que se introduza uma ave porque é bonita ou até de qualidade quando as outras estão em plena criação. As entradas devem ser programadas e realizadas época a época. Não quer dizer que só se comprem aves 2 semanas por ano, quer dizer que, no grupo de aves reprodutoras só entram aves devidamente preparadas e que passem pela quarentena. Quando iniciarmos a preparação de todo o grupo para a época seguinte estas já devem estar integradas.
 
Tratamentos
Vamos antes de mais esclarecer que existem dois grandes tipos de tratamentos: preventivos e curativos.
Com o primeiro tenta-se eliminar possíveis causas de doença. É costume por exemplo antes da época de criação tratar as aves com antobióticos para eliminar ou controlar agentes que afetam a postura e fertilidade como a salmonela e a E.coli. É um pouco aplicar a expressão "mais vale prevenir que remediar".
Alguns criadores usam programas mensais ou até mesmo semanais de tratamento, por vezes totalmente despropositados. Como é lógico toda a mediação deve ser usada com cuidado e quando necessário, em particular os antibióticos pois as resistências surgem mais facilmente do que se pensa. Não é preciso levar as coisas ao extremo, estabelecer um programa de medicação é bom, mas alguns que por vezes se recomendam são absolutamentes desnecessários. Não é benéfico para uma ave durante um mês receber todos os dias antibióticos e vitaminas, qualquer esquema profilático deve ser feito com racionalidade, quase sempre num sistema 3-2-3 ou 5-3-5-2, o que significa que são dados 3 dias de medicação, 2 de água limpa (ou probióticos) e novamente 3 de medicação devendo nos dias seguintes usar-se vitaminas do grupo B + probióticos.
Por outro lado acções curativas devem ser feitas com atenção e só sobre as aves doentes. Envolvem geralmente tratamentos que por vezes são duros e é portanto desnecessário sujeitar as aves saudáveis ao mesmo processo. Deve sim ser feito um tratamento preventivo às restantes. Os únicos tratamentos que eu faço a todo o efetivo são na preparação para reprodução e muda envolvendo antibioterapia e desparasitantes conforme resultados dos exames veterinários. A partir dai sigo um plano de maneio e suplementação e qualquer ave que esteja doente é imediatamente suspensa da reprodução até estar totalmente recuperada, mesmo que isso implique separar os casais e perder algumas crias, como em princípio todas as aves que temos em reprodução deverão ser de boa qualidade serão portanto, geneticamente importantes para o efetivo e perder uma pode por vezes atrasar meses a nossa selecção, mais do que perder crias que não temos a certeza do que serão.

Artigo desenvolvido através de pesquisas na internet por blogs, fóruns e alguma experiência pessoal na criação de aves.

Alojamento


Temperatura

Felizmente que no nosso país dispomos de temperaturas amenas sem grandes amplitudes térmicas quer diurnas quer anuais. Como tal, a grande maioria das aves pode suportar facilmente a temperatura ambiente sem aquecimento extra, pois na maioria dos casos suportam temperaturas entre os 5-35ºC.
Desde que a temperatura não desça abaixo dos 5ºC não há problemas de maior. Muitas pessoas aquecem as salas de criação ou viveiros durante todo o ano a 15ºC ou mais no Inverno. Isto funciona, mas acaba por ter efeitos negativos sobre as aves pois estas nunca serão habituadas ao frio acabando por se tornar, ao longo das várias gerações mais frágeis. Temos o exemplo dos Goulds criados no norte de Europa onde o clima exige que sejam aquecidos geralmente a 21-23ºC durante todo o ano, o que faz com que, quando são depois deixados em condições ambientais normais de temperatura, muitos acabem por morrer.
É uma opinião pessoal, mas não considero que valha a pena construir instalações com temperatura controlada, aquecimento e por ai. Se até aves pequenas e sensíveis como os peito de fogo e peito celeste podem suportar o clima de inverno no nosso pais prefiro perder algumas aves enquanto não estão devidamente adaptadas do que "esconder" as suas dificuldades artificialmente. A selecção natural prova que os fracos e mal adaptados morrem deixando o seu lugar livre aos mais aptos, assim julgo que se protegermos demais as nossas aves acabaremos por estar a reproduzir e, portanto, perpetuar indivíduos de resistência e aptidão duvidosas. Não quero com isto dizer que não devemos tomar atenção, mas sim que devemos trabalhar no sentido de produzir aves cada vez mais adaptadas às nossas características reais e não as condições artificiais de temperatura e humidade. Como cuidados devemos ter a escolha de melhor altura para aclimatar estas aves (primavera-verão), não sujeitar as aves a mudanças bruscas nas condições ambientais e, acima de tudo, manter as aves bem alimentadas e num ambiente saudável e bem ventilado.
Caso se disponha de viveiros exteriores devemos ter sempre uma zona de abrigo onde a temperatura será mais amena ao longo do dia. Um termómetro de máxima e mínima no viveiro ou sala de criação pode fornecer uma ideia de como varia a temperatura durante o dia. Este abrigo também protege as aves da chuva e do vento. Aves sensíveis e mal adaptadas não suportam o frio pelo que devemos observar as condições em que aves novas estavam quando as compramos. Nunca devemos tirar uma ave directamente de casa para um viveiro exterior, em especial no Inverno, mas sim adaptá-la a periodos cada vez maiores no exterior durante alguns dias. Quase todas as espécies podem passar por isto acabando por se adaptar e, se tudo correr bem, produzir filhos que serão cada vez mais aptos e resistentes.
É para isto que serve a quarentena, não é só para procurar eventuais doenças em aves recém adquiridas, mas também para que estas se adaptem às condições ambientais do novo meio.
 

Humidade

A humidade atmosférica é geralmente de 50-70%. A principal preocupação com a humidade surge com a incubação dos ovos para que estes não sequem. Mais fácil do que humidificar ou desumidificar uma sala é deixar que as aves tomem um banho diário pois isso é o suficiente para assegurar a humidade necessária aos ovos. Poucos de nós têm a disponibilidade de fornecer banhos diários, em especial quando dispomos de muitas gaiolas individuais por isso temos de tentar que estes sejam regulares, no mínimo duas vezes por semana. Em relação aos banhos será sempre mais fácil deixar que as aves tomem banho se usarmos gaiola amplas, bem planeadas.
Ambientes muito húmidos, especialmente quando aquecidos são propícios à formação de fungos e proliferação de bactérias. O mais grave nestes agentes é que não se vêem e como tal só damos contas do problema pela baixa na reprodução ou aumento da mortalidade, em particular das crias devido aos fungos como os Aspergillius, que produzem aflotoxinas prejudiciais. Os problemas respiratórios são frequentes em ambientes muito húmidos uma vez que a humidade no ar favorece a transmissão de organismos por via aérea e sujeita as vias respiratórias a agressões.
Os fringilídeos podem ser particularmente afectados por fungos e micoses pelo que devemos estar atentos à sua plumagem e, em caso de dúvida, recorrer a um exame microscópico das penas. Em geral um banho limpo e assíduo é suficiente.
A humidade é também um factor de desenvolvimento da cocciodiose dai que tanto no exterior como dentro de casa devamos ter especial cuidado com espécies que sejam facilmente afectadas por este parasita e tratá-las nas alturas mais húmidas do ano, nomedamente Primavera e Outono quando a temperatura ainda é relativamente elevada.
 

Circulação de ar

É errado pensar que um casa fechada fornece melhores condições de ambiente às aves. A falta de renovação de ar faz aumentar a concentração de dióxido de carbono e outros gases prejudicando a respiração, o que em casos extremos pode mesmo originar lesões dos orgãos respiratórios.
Por esta mesma razão devemos ter sempre no fundo das gaiolas um material absorvente como a areia, "litter" ou mesmo jornal. Ideal é o uso de um sistema que não permita a acumulação de matéria orgânica e pó. Algumas pessoas como as gaiolas possuem geralmente grades no fundo, não se preocupam com isto, mas o acumular de fezes e a humidade dos banhos e bebedouro acaba por criar condições para a formação de amoníaco e outras substâncias prejudiciais. Mantendo esta zona seca torna-se mais fácil a limpeza.
Devemos assegurar a circulação de ar, mas tendo cuidado para não haver correntes de ar, essas sim prejudiciais. Para tal podemos em casas fechadas, se não for possível a ventilação natural, instalar um extractor de ar que facilmente podemos adquirir em casas de electrodomésticos ou hipermercados. Um outro aparelho que parece ser benéfico para a saúde das aves é um ionizador cujo investimento poderá ser compensador para quem tenha algumas aves. Este pequeno aparelho também pode ajudar a controlar o nível de humidade uma vez que o ar expirado pelas aves aumenta a humidade do ar, extraindo esse ar (normalmente aquecido, menos denso) contribuimos para a renovação da massa de ar com ar exterior fresco. A instalação do extractor deve seguir uma regra simples, o extractor é colocado num local elevado da sala, no lado oposto à(s) entrada(s) de ar.
É essencial evitar quaisquer fumos, em especial o tabaco que é muito prejudicial às aves podendo mesmo matá-las.
 

Iluminação

Muito se pode dizer sobre iluminação e programas de luz. Quanto a mim o ideal é manter os pássaros ao ar livre sujeitos à luz natural e às variações desta ao longo do ano. Vários factores como a reprodução e a muda (cruciais no ciclo das aves) são directa ou indirectamente influenciados pelas horas de luz e intensidade desta. Ao sujeitarmos as aves a perídos de luz estáveis durante todo o ano corremos o risco de destabilizar todo o processo hormonal e surgem problemas como mudas fora de época e outros que podem ser graves.
Um programa de iluminação permite escalonar a quantidade de luz que as aves recebem em várias alturas do ano. Algumas pessoas dizem que mais luz faz com que as aves criem mais cedo (o que é verdade) e como tal prolongam demasiado o número de horas de luz. Na altura da reprodução as aves deverão ter 14 a 16 horas de luz. Para tal pode-se começar a partir de Janeiro com aumentos progressivos de meia hora por semana atingindo as 15-16 horas em Março/Abril. Quando termina a época de reprodução, por volta de Agosto fazemos o inverso para dar às aves descanso durante a muda até termos cerca de 10-12 horas de luz no início de Outubro.
Pessoalmente acho que 15-16 horas de luz por dia é o limite, isto é o mesmo que dizer que existe luz na sala desde as seis da manhã às 9-10 da noite ou das 7 às 22-23. Este horário pode ser adaptado conforme a duração natural do dia e a rotina do criador, se trata as aves ao fim do dia será melhor acordar mais tarde levando a luz até às 22, mas se faz o oposto então é preferível começar às 6 (ou antes) e não passar as 21 horas.
A intensidade da luz para aves exóticas está muito pouco estudada e todos os valores que podemos encontrar referem-se a espécies industriais como galinhas, ou aves de caça. De qualquer modo poder-se-à apontar para os 0,5W/m2 de iluminação efectiva.
Adianto aqui um pormenor que muitas vezes é referido mas quase sempre descuidado. A luz solar é indispensável para todas as aves. É pelo contacto com a luz solar que a pele sintetiza algumas vitaminas e outras substâncias necessárias ao bom estado da plumagem e do organismo em geral. Muitas vezes as aves estão dentro de casa com iluminação artificial de cor branca o que pode causar problemas a longo prazo e obriga ao uso de mais produtos sumplementares para assegurar um bom estado geral. Entenda-se que a luz filtrada por um vidro não tem a radiação completa pois alguns comprimentos de onda são eliminados pelo vidro. Existem no mercado luzes de espectro completo concebidas para fornecer as radiações que as aves não recebem sem luz solar.
Caso disponhamos de uma sala própria para as nossas aves não estarão sujeitas à duração natural do dia, mas é fácil instalar um programador de luz bastando para isso um temporizador de tomada que podemos ajustar conforme desejado. Neste caso aconselho a estudar bem a sala e as suas dimensões de modo a que a luz seja uniforme e, claro, a certificarmo-nos diariamente que o programa de luz está certo. Uma falha de corrente pode destabilizar o temporizador de tal modo que este esteja ligado quando deveria ser noite...

Mais adequado ainda será um aparelho específico que além da duração do período de luz permita simular o anoitecer e amanhecer, apagando (mais importante) e ligando progressivamente as lâmpadas.

 
Artigo desenvolvido através de pesquisas na internet por blogs, fóruns e alguma experiência pessoal na criação de aves.

Reprodução de Mandarins

 
 
Começa aos 9 meses. Identifica-se facilmente o macho da fêmea no Mandarim Cinza (videm item mutações); nas outras variedades é melhor observar - só o macho canta e o vermelho do bico da fêmea é mais pálido. Põe de 4 a 6 ovos que eclodem em cerca de 12 dias. Após cerca de 2 semanas já se alimentam sozinhos e aos 18 dias começam a voar. Os jovens são identificados pelo bico castanho-escuro quase negro. Ninho externo de caixa de madeira ou cestinha de vime de cerca de 14 cm de altura e 12 de diâmetro (colocada inclinada a 50 graus, para não cair os ovos, e amarrada nas grades da gaiola com arame). Material: capins em geral, sendo preferível o Barba de Bode e a Grama Japonesa, algodão e desperdícios de panos.
Colocar no fundo da gaiola para o pássaro pegar.
 
 
 
 
 
NINHO
O mais confortável é uma caixa de madeira na janela da gaiola. O material base para o ninho é a fibra de coco, com a qual revestem todo o interior do ninho fazendo uma cúpula, e depois podemos acrescentar pelo de cabra para acolchoar a parte inferior do ninho. Normalmente é o macho que recolhe qualquer pelo ou coisa similar para a confecção do ninho, pelo que devemos ter cuidado de nunca deixar verduras, etc., já que levarão para o ninho sendo posteriormente um foco de infecções.

 
 
 
 

POSTA
A posta costuma ser de 4 e 6 ovos brancos (a quantidade depende de muitos fatores). A incubação costuma ser de 13 o 14 dias, dependendo da temperatura ambiente, qualidade dos pais na postura, etc.
Se criamos em inverno, é recomendável termos nossos exemplares dentro de casa, donde a temperatura não baixe os 10º, já que si baixa deste limite, podemos ter  problemas em general, tanto com as fêmea na hora da postura, como com exemplares adultos. É recomendado umas 12 - 14 horas de luz para estimular e melhorar a cria. Se  criarmos na primavera não teremos nenhum problema com temperaturas e horas de luz. Ao contrario que os canários, não se tira o macho, já que se necessitam dos dois para criar aos filhotes. Também se aconselha realizar 3 ou 4 postas como máximo ao ano, especialmente para melhorar a qualidade de vida dos pais, especialmente no desgaste de cálcio que acarreta cada posta para a fêmea.



CRÍA
Uma vez nascidos, a alimentação dos filhotes deve  ser a mesma comida da que disponibilizamos aos pais; mesmo assim, se coloca uma papa de cria para ajudar aos filhotes. Si temos possibilidade, podemos acrescentar algum complemento extra, como aminoácidos, etc., que em ocasiões vem já incluídos nas papas. Os filhotes costumam sair do ninho a partir do dia 18-20 de vida, mas isso pode variar. Normalmente, quanto mais tardem em sair, melhor.
 
 
 
 
 

SEPARAÇÃO
A separação dos filhotes deve ser como mínimo aos 40 dias de nascimento, que é quando os filhotes começam a trocar de cor o bico. É importante não separar de maneira rápida, porque podem que os filhotes não comam por si mesmo, e podemos ter alguma baixa. Temos que ter certeza que comam bem durante vários dias antes de separar-los dos pais. Nestes dias, é possível que o macho persiga aos filhotes jovens, causando algum machucado ou a morte, devido normalmente a que vão dar inicio a outra postura, temos que vigiá-los. Nestes casos, os jovens se introduzem dentro do ninho e a mãe e o pai os expulsa.
 
 
 
 
 
 

PREPARAÇÃO ACASALAMENTO

Boa tarde a todos..

Enquanto navegava pela net, encontrei algo bastante interessante relacionado com a preparação para criação..
Preparação para o acasalamento:

"Alguns casais podem criar sem terem passado pela “preparação para o acasalamento”. Mas essa não é a regra, pois para a generalidade dos casais esta etapa é um factor de sucesso na criação. Esta etapa tem por objectivo preparar o aparelho reprodutor do macho e da fêmea e fortalecer os canários para a árdua tarefa de criar os seus filhotes.
Todos os criadores já tiveram a experiência de casais que não conseguem criar os seus filhotes, ora porque não chegam a iniciar o acasalamento, ora porque a fêmea não põe ovos, ora porque os ovos não estão fecundados, ora porque os filhotes não nascem, ou, muitas vezes porque os pais não conseguem criar os seus filhotes. Alguns destes problemas são devidos a uma fraca preparação do aparelho reprodutor da fêmea ou do macho, ou a um estado mais debilitado dos pais que não têm capacidade para criar todos os filhos nascidos e sacrificam alguns ou mesmo todos.

A preparação para o acasalamento consiste em cuidar dos seguintes factores determinantes:

· Limpeza da flora intestinal – usando medicamentos contra os vermes e/ou fermentos e/ou probióticos.

· Preparação do aparelho reprodutor – administrando vitamina E com alimentos ricos nesta vitamina (ex: sementes de aveia descascada) ou complexo vitamínico.

· Fortalecimento dos canários – com boa alimentação, papa de ovo e complexos vitamínicos.

· Criação de “desejo” por acasalar – mantendo machos e fêmeas separados.
A forma como se conseguem estes factores determinantes pode variar de criador para criador, conforme as suas convicções e restrições de diversa natureza. Passo a descrever como eu faço a preparação para o acasalamento baseado nas recomendações de algumas marcas de produtos para ornitologia, nas conversas com outros criadores e na minha própria experiência.


No início de Dezembro (no Norte de Portugal – mais a sul poderá ser um pouco antes, mais a norte depois, e noutro continente noutra altura) separo em diferentes gaiolas e sem se verem, as fêmeas dos machos que vou usar para reprodução. Administro os seguintes elementos:
• Dou um vermicida para a limpeza intestinal em Dezembro e repito em Março.
• Nas papas adiciono fermentos e um complexo vitamínico.

A partir de Janeiro:
• Continuo a usar a mesma papa.
• Semanalmente misturo vitamina E na água (um ou dois dias).
• Semanalmente misturo Sprinter U na água (um ou dois dias).

Papa de encher?
É costume ouvir-se falar em papa de encher para dar às fêmeas antes das posturas. Normalmente é uma papa húmida com forte teor de gordura. Ora, não me parece que a papa de ovo que entra no aparelho digestivo da canária vá originar uma postura de ovos que é gerada pelo aparelho reprodutor. Quando uma canária ainda não está no período de reprodução não é seguramente a papa de encher que vai “encher” a canária de ovos. Contudo, essa papa dita de encher pode ter os seus benefícios, já que fortalece a canária quando ela efectivamente necessita, mas não me parece que vá fazer a canária pôr ovos se esta não estiver já preparada."

SINTOMAS DAS DOENÇAS MAIS COMUNS NOS CANÁRIOS

ENTERITE:

Dores abdominais, diarreia, plumas da cloaca sujas pelas fezes, estrias de sangue. Abdómen duro, vermelho violeta. Pára de cantar. Tem muita sede. Emagrecimento rápido. 

INDIGESTÃO / CONSTIPAÇÃO:

Ventre inchado. Fezes duras, cloaca inchada e de cor vermelha. Dificuldade de evacuação.

COLIBACILOSE:

Sonolência. Falta de apetite. O pássaro se retira para um canto da gaiola. Diarreia esverdeada que deixa as penas ao redor da cloaca sujas. Vómitos frequentes de alimentos misturados a uma substância e a um fluido esverdeado. Nesses casos a mortalidade é muita elevada entre o primeiro e o segundo dia. 

SALMONELOSE:

Na forma fulminante o pássaro se retira para um canto da gaiola e fica a dormir, com as penas soltas, asas caídas e com a respiração ofegante. Morte repentina. A parasitose em forma fulminante tem incubação de 1 a 3 dias.  Nota: Durante a criação deve ser evitado o uso indiscriminado de produtos com sulfa, porque esterilizam o macho por 22 dias aumentando bastante o risco de complicações com Cândida.

Na forma aguda o pássaro pára de cantar. Falta-lhe vivacidade e o mesmo se retira para o canto da gaiola com as penas eriçadas e os olhos semi-cerrados. Inapetência, muita sede e diarreia verde-amarelada. Cloaca suja de fezes, ventre inchado e respiração ofegante. Além dos medicamentos indicados no caso precedente, dar sulfas com os cuidados recomendados. Os pássaros que conseguem ser curados ficam por via de regra, portadores de germes.

STREPTOCOCOS:

Sono contínuo. O pássaro se isola em um canto da gaiola. Cloaca suja pela diarreia. Emagrecimento rápido. Respiração ofegante. A cauda e as asas caídas. Aumento do ritmo respiratório, bico aberto. O pássaro pode, de tempos em tempos, emitir ruído agudo.

TIFOS:

Asas caídas, penas soltas e diarreia verde. Mortalidade muita elevada e rápida, entre 12 e 24 horas.

HEPATITE:

Falta de apetite ou fome exagerados. Manchas violáceas no ventre, com hipertrofia do lóbulo hepático  Recomenda-se suspender a papa e manter somente alpista.

VARIOLA / BOUBA:

(Forma Aguda) A princípio, não apresenta nenhum sintoma particular. O pássaro fica apático e se retira para um canto da gaiola com as penas eriçadas e respiração difícil. Na chamada forma diftérica o vírus provoca o aparecimento de pequenas placas como se fossem membranas branco amareladas na boca e nas vias respiratórias causando sérios problemas. Neste caso a antibioticoterapia é geralmente ineficaz; a única acção válida é preventiva por vacinação.

 
(forma crônica) A princípio, a queda de pequenas penas ao redor dos olhos. As pálpebras engrossam. Pode parecer plefarite com secreção purulenta que fecha o olho. Lesões epiteliais típicas da varíola. Furúnculos com até 5mm de diâmetro, de cor amarelada/esbranquiçada cheios de líquido purulento. Por vezes eles se cobrem de uma membrana que parece casca e atinge com mais frequência a fixação do bico junto a cabeça e cavidade interna do bico, faringe e ouvidos. As generalidades dos sintomas são aquelas da forma aguda.

CORIZA:

Falta de vivacidade, anorexia, corrimento de cerume das narinas, que pode se tornar um ranho purulento, continuamente frequente, com tosse. Respiração difícil.

DOENÇA RESPIRATÓRIA:

(crônica) - D.R.C Dificuldade de respiração, espirros, corrimento nasal e ocular. Esta doença é bastante semelhante a coriza.

SINUSITE INFECCIOSA:

Corrimento frequente das narinas e dos olhos que ficam injetados com inchação ao seu redor, podendo apresentar pus. O pássaro não come e permanece com a cabeça em baixo das penas recolhido num canto do poleiro ou no fundo da gaiola. Esfrega, seguidamente, o bico contra o poleiro ou arame. Respiração difícil. Lavar as narinas e olhos com água morna.

PNEUMONIA:

Falta de vivacidade. Respiração difícil. O bico pode ficar com uma cor violeta. O pássaro coloca a cabeça para trás debaixo da asa. A cauda acompanha o ritmo respiratório.

AEROSACULITE:

Respiração difícil e ruidosa com silvos pronunciados. Falta de vivacidade, o pássaro fica infértil e não canta.

ASMA:

Respiração difícil com acesso asmático muito intenso e frequente. queda do poleiro; morte por asfixia. Nos casos muitos graves, imobilidade, olhos entreabertos, penas soltas. Respiração acelerada intermitente com emissão do pequemos gemidos.

MUDA ANORMAL:

Muda de penas fora de tempo, irregularidade na formação das penas ou quedas contínuas. Identificar e sanar o problema que pode ser: Mudanças bruscas de temperatura; excesso de calor ou frio; local muito húmido ou muito seco; correntes de ar; mudança de alimentação; Stress; baixa luminosidade durante o dia; excesso de luminosidade artificial. Identificada a causa, administrar boa papa enriquecida com vitaminas e minerais diariamente.

TEIGNE:

Manchas redondas ao redor das pálpebras, perto do bico ou ainda nos ouvidos com formação de escamas secas. Desinfectar bem a gaiola.

PARASITOSE EXTERNA:

Queda de plumagem, emagrecimento, anemia demonstrando as patas pálidas e olhar comprimido.

PIPOCAS DA PATAS:

Inchação das juntas e furúnculos nas patas. Aplicar pomada.

STREES:

O pássaro fica sonolento, abatido. Muito especialmente ao retornar de exposições ou viagens longas. Tumulto dentro do canaril provoca agitação nos pássaros, causando-lhes stress.

INFERTILIDADE:

Ovos claros, o pássaro não entra em forma para reprodução . A fêmea recusa sempre o macho ou vice versa. Vitaminas e alimentação sadia devem ser oferecidos aos pássaros para que na época da reprodução estejam em forma. E recomendável administrar Vitamina "E" .

CANDIDIASE:

Penas arrepiadas, falta de apetite, dificuldade para ingerir alimentos, vómitos e as vezes diarreia.

COCCIDIOSE:

A cossidiose raramente provoca mortes rápidas. As penas ficam eriçadas, a ave fica abatida surgindo 0 osso do peito saliente, chamado de peito de falcão. Desidratação e diarreia com fezes com estrias de sangue ou de coloração bem escura.

ASPERGILOSE RESPIRATÓRIA:

O tratamento é difícil; o ideal é prevenir tratando as sementes com um alumínio silicato (sequestrante). Movimento de cauda acompanhando a respiração, abrir e fechar do bico com muita frequência. A respiração em alguns casos é bastante ruidosa. Não há tratamento satisfatório com medicamentos específicos.

ÁCAROS RESPIRATÓRIOS:

Acesso asmático repentino, porém mais frequente à noite e à tardinha, ou depois de se alimentar. Respiração penosa, sibilante, com assobio. Acesso de tosse com expectoração contento muitas ácaros. Plumagem em desalinho, abertura do bico sincronizada com os movimentos respiratórios. Após as crises, os pássaros voltam ao estado de aparente normalidade. A presença de ácaros respiratórios Sternostoma Traqueacolum - ocorre, em maior ou menor grau, na maioria dos criadouros. Isolar o pássaro doente. Desinfectar as gaiolas todos os dias. Aplicar vacinação adoptando o processo de arrancar algumas penas da coxa do pássaro, esfregando, levemente, uma gota de Ivomec. A medição deve ser repetida 15 dias após e na segunda aplicação da vacina não havendo melhora do pássaro, o mesmo não está acometido de ácaros, devendo ser tentado outro tratamento.

CARÊNCIA DE VITAMINAS:

Falta vigor, queda de penas fora de época e falta de apetite. Os machos não cantam e de modo geral pássaro fica adormecido durante o dia no fundo da gaiola.

DOENÇA DA FACA:

A doença da faca é o nome vulgar de várias doenças, entre elas uma causada por parasitas protozoários do grupo dos Coccidios, a coccidiose. Os Coccicdios são protozoários que se multiplicam nas células intestinais. Por vários factores, como por exemplo: stress, mudança brusca de temperatura, alimentação deficiente ou troca de ração ou falta de algumas vitaminas, os Coccidios começam a se multiplicar no intestino, causando lesões consideráveis no epitético intestinal, o que vai causar com que o pássaro diminua sua capacidade de absorção dos nutrientes. Esta diminuição da absorção dos nutrientes causa muita fome na ave, o que leva a ave a comer desesperadamente, daí a frase "morreu dentro do comedor comendo". Esta deficiência leva a um estado de desnutrição aguda, os músculos peitorais são "queimados" para gerar energia, na tentativa de salvar o organismo, mas sempre em vão, o que leva ao quadro de "peito em facção" ou "doença da faca", em seguida o óbito.

Tem cura? em alguns casos e dependendo do estado da ave sim !

Temos vários problemas:

1 - Diagnóstico - é muito difícil diagnosticar Coccidios, pois as vezes estão na fase intracelular, o que não gera oocistos nas fezes.

2 - Os medicamentos disponíveis tem uma certa especificidade, as vezes podem ocorrer espécies do parasito que não são sensíveis a um determinado medicamento.

3 - Temos que entender que existem Coccidiostáticos e Coccidiocidas. Coccidiostáticos não matam os coccidios apenas o mantém dentro das células intestinais sem se multiplicar e sem lesionar o epitélio. Os coccidiocidas actuam matando os coccidios. Muitas vezes o medicamento é o mesmo, apenas a baixa dosagem por um tempo longo actua como coccidiostático e uma dose mais alta por curto período actua como coccidiocida.

A prevenção é a maior arma contra a coccidiose, mantendo a higiene do Canaril e fazendo uso de medicamentos preventivos.

OVO PRESO:
Esta é uma doença fisiológica que afecta as fêmeas. Todas as épocas existem criadores que se queixam de perder fêmeas com ovos presos ou atravessados. A causa disto é quase sempre reprodutores em má condição física aliada a uma falta de cálcio na fêmea devido a posturas demasiado intensas.

A hipocalcémia (falta de cálcio no sangue) surge facilmente quando a fêmea tem de ir buscar e mobilizar as reservas de cálcio nos ossos para a formação da casca do ovo. Quando mantidas em gaiolas as aves devem ter sempre disponível um bloco de minerais ou então concha de choco. Isto e luz solar directa são geralmente meio caminho andado para evitar perder fêmeas deste modo.

Mesmo assim quando notamos que uma fêmea em postura está em dificuldades, se aninha no ninho encolhida e está pouco activa podemos recorrer a um remédio muito eficaz que consiste numa solução de Cálcio líquido a 10% (que podemos adquirir na farmácia), 1 colher de café de açúcar (ou glucose) duas gotas de AD3EC e uma gota de colina para 50ml de água (um bebedouro normal). Esta mistura aplicada no bico da fêmea e colocar esta num local aquecido durante algum tempo produz geralmente resultados imediatos, pois a mistura de Cálcio com a vitamina D3 e açúcar é rapidamente absorvida repondo os níveis normais no sangue e facilitando a contracção muscular para que o ovo saia.

Quem tiver problemas em encontrar cálcio líquido pode usar cálcio em pó dissolvido na água, o que se arranja facilmente raspando uma concha de choco para dentro de um bebedouro. Quase sempre dá bons resultados e em casos menos graves se colocarmos a fêmea logo no ninho dentro de pouco minutos o ovo está posto e o assunto resolvido. É um bom método continuar a fornecer cálcio e AD3EC na água de bebida durante mais 2 a 3 dias. Nestas situações a fêmea pára de pôr geralmente por uns dois dias, o que não é de estranhar, devemos mesmo fazer com que esta pare de pôr separando o casal ou tirando os ninhos pois puxar mais pela fêmea enfraquecida não trará bons resultados.